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Channel: A MÚSICA E A CRIANÇA
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Inclusão Digital e Processo Educativo

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Inclusão Digital é o nome dado à toda iniciativa de fazer com que o acesso aos recursos da tecnologia, informática e comunicação cheguem às pessoas de uma sociedade. Para que isso aconteça são necessários que existam três fatores: acesso ao computador, à internet e à capacitação.
O que podemos observar, no entanto, em nosso país, é que o processo de inclusão digital encontra uma barreira para se difundir: a barreira econômica. Ainda é pequeno o número de pessoas que podem ter acesso ao microcomputador ligado à internet.
Este fator cria um novo tipo de pessoa: o excluído digital. Observa-se, porém, que o uso do computador e das tecnologias de informação e comunicação (TICs) se tornaram ferramentas imprescindíveis para a democratização do saber. O desenvolvimento da capacidade de utilizar as TICs traz para as pessoas a oportunidade de melhorar sua renda com um crescimento profissional, além de possibilitar o uso de diferentes soluções digitais eficazes que beneficiam o dia-a-dia das pessoas.
Para uma sociedade, na qual grande parte de seus habitantes estão excluídos digitalmente, as consequências culturais, sociais e econômicas são visíveis, as pessoas ficam cada vez mais distantes dos pólos de desenvolvimento e de riqueza do mundo, aumentando o estado de exclusão desta sociedade.
Para assegurar o acesso das pessoas às TICs é importante que se inclua no sistema formal de ensino e nas demais esferas da vida pública o meio digital.
Várias iniciativas podem colaborar para tornar realidade a inclusão digital de cada vez mais pessoas. A mais importante delas, e acredito a mais eficaz, passa pelas instituições educacionais.
A escola é o ambiente propício para a inserção de novas tecnologias, que auxilia e facilita o processo de aprendizagem e de aquisição de conhecimento.
Aprovada em 1996 a Lei no. 9394/96 tornou obrigatória a inserção das tecnologias da informática nas instituições de ensino. Entre várias questões abordadas destacam-se:
- o domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna (art.35)
- o incentivo ao trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia. (art.43)
- a determinação de uma educação profissional, integrada as diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia. (art.39)
Segundo a professora Léa da Cruz Fagundes, do Instituto de Psicologia da UFRGS, o caminho para introduzir as escolas no meio digital “passa pela curiosidade, pelo intercâmbio de ideias e pela cooperação mútua entre todos os agentes envolvidos no processo”.
Envolver os professores neste novo ambiente vai além da capacitação para se utilizar computador, mas na necessidade de torná-los aptos a questionar, criar e utilizar os recursos, reformulando os espaços, tempos e organizações curriculares. Para isso os professores devem ser capazes de equacionar problemas, testar hipóteses, planejar, desenvolver e armazenar sua pesquisa e seus projetos, refletindo sobre sua prática.
Muito pode ser feito. As parcerias com instituições de ensino superior ou técnico podem trazer estudantes que agirão como multiplicadores de saber para os jovens e as crianças.
Softwares livres que não trarão custos e são facilmente acessados pela internet podem ser disseminados. Além disso, as prefeituras deveriam garantir, como uma das prioridades de governo, a internet banda larga gratuita aos seus moradores, com a rede wireless. Isto vem acontecendo, principalmente nas cidades do interior do Brasil.
Crianças e adolescentes com acesso à tecnologia podem ser estimulados, através de sua curiosidade inata, a se comunicar através da internet, participando de fóruns, trocando mensagens, atuando como autores e publicando seus escritos, utilizando recursos como o YouTube para edição de vídeos de fabricação própria, programas de edição de som, sites de pesquisa e de entretenimento.
Através das novas tecnologias as janelas de comunicação se abrem para o mundo. A possibilidade de maior formação e atualização dos alunos e professores se expande, extrapolando o espaço escola-comunidade. A Educação à Distância privilegia o uso das tecnologias de informação e comunicação, vencendo as distâncias e possibilitando uma educação permanente e continuada. A EaD ajuda a promover a inclusão social por meio da inclusão digital. Assim como o mundo teve que se adaptar à globalização, chegou a vez da educação e das escolas aprimorarem seus meios para que estejam aptas a receber um público cada vez maior e mais exigente.

Bibliografia:
http://imasters.uol.com.br/artigo/5004/a_inclusao_digital_no_brasil
http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/planejamento-e-financiamento/podemos-vencer-exclusao-digital-425469.shtml
http://eadkeylah.blogspot.com/
http://pt.shvoong.com/social-sciences/education/1640721-educa%C3%A7%C3%A3o-brasileira-inclus%C3%A3o-digital/
http://www.cidec.futuro.usp.br/artigos/artigo12.html
http://www.ipv.pt/millenium/17_esf6.htm

Inserção de widgets

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Inclui três novos widgets no meu blog.
- Sites Favoritos - fiz uma lista de sites voltados para música e educação musical para crianças que considero importantes. Assim disponibilizo para os visitantes endereços de sites para consulta sobre o tema do meu blog.
- Reportagem - este widget trás reportagens sobre educação musical que foram publicados no google notícias. Pretendo com isto trazer para os visitantes a possibilidade de se informar através de notícias sobre música e educação musical publicadas recentemente.
- Visitantes - este widget pretende deixar registrado o número de visitantes que navegaram pelo blog, assim como o número de visitantes on-line.

CDs - MUSICARADA, AMIGOS DA ÁGUA E MUSICALIZA

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Adquiri ontem os CDs Musicarada, Amigos da Água e Musicaliza no encontro presencial do curso de Educação Musical, em São Carlos. Gostaria de divulgar os CDs, pois encontrei neles um riquíssimo material de trabalho, além da excelente qualidade musical, instrumental e de arranjos das músicas.
Os CDs são uma realização da Universidade Federal de São Carlos - Programa de Educação Musical da UFSCar.
Musicarada está repleto de canções sobre bichos, canções do folclore, populares, como "A Gatinha Parda", "Carneirinho, Carneirão", além de duas composições do nosso professor e coordenador do curso Glauber Santiago.
Amigos da Água traz músicas infantis sobre o tema, com arranjos cuidadosos, uma instrumentação muito rica, além de apresentar o som de alguns instrumentos na última faixa e composições de Glauber Santiago e Guinha Ramirez.
Musicaliza traz várias canções ótimas para serem usadas para cantar, dançar e brincar com as crianças, todas com arranjos muito lindos e apresentadas duas vezes: a primeira é cantada, a segunda traz o playback. Nas últimas faixas foram gravados sons diversos como: sons da cidade, da chuva, dos pássaros, para serem usados nas aulas de música.
Parabéns à equipe, aos instrumentistas, aos professores e alunos que participaram da gravação. Parabéns ao Glauber Santiago, às professoras Ilza Joly e Maria Carolina Joly.

Qualidades do Educador Musical

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“O Educador Musical deve agrupar conhecimento de variadas áreas bem como estar disposto a experimentar variadas possibilidades.”

Quais as qualidades e condições mais importantes deveria ter um Educador Musical para realizar bem seu trabalho?
Além do domínio dos conteúdos musicais que envolvem desde uma boa percepção musical, o conhecimento de teoria musical, o domínio da voz, o domínio de um instrumento harmônico, das estruturas de harmonia, do conhecimento das regras básicas de regência e técnicas de improvisação vocal e instrumental, um bom professor de música deve ter também uma boa preparação pedagógica. Conhecimentos nas áreas de psicologia e pedagogia são fundamentais para ajudar o professor a realizar seus objetivos educacionais. O estudo de diferentes teorias e metodologias de educação musical incentiva o professor a aprofundar seus conhecimentos através da pesquisa e do acesso à literatura específica. Quanto maior e mais abrangente for a cultura geral e musical do professor, mais elementos e possibilidades ele terá no desempenho de suas tarefas.
O pré conhecimento do ambiente de trabalho, dos aspectos físicos e materiais, dos diferentes grupos que vai atender, são os primeiros passos para realizar um bom planejamento. O professor deve estar atento também a comunidade local, seus costumes e sua cultura. A Educação Musical não deve e não está isolada das outras áreas de conhecimento, por isso, na hora de fazer seu planejamento, o professor deve procurar conhecer os diferentes conteúdos das disciplinas que fazem parte do dia-a-dia de seus alunos. Com isso ele estará apto a interagir e abordar aspectos importantes para aquele determinado momento de aprendizado do aluno. Através de uma simples atividade musical o professor pode acrescentar e estimular a curiosidade dos alunos para outras áreas como História, Geografia, Língua Estrangeira, Matemática, Ciências ou Português e Literatura. A interação com artes visuais, plásticas, o teatro e a dança também deveriam fazer parte do conhecimento do professor de música e sua preocupação na preparação das aulas.
Os locais de trabalho em que pode atuar e os mais diferentes grupos de pessoas que vai atender pedem ao professor de Educação Musical uma formação sólida e abrangente que permitam uma constante adaptação de conteúdos e abordagens, dependendo do grupo que vai atender.
A partir de uma constante atualização, de leitura e pesquisa, o professor de música está preparado para atender, experimentar, criar e ensinar seu público, não se esquecendo que, acima de tudo, deve estar o amor à música e à Educação Musical, uma grande sensibilidade e alegria em ensinar.

Dias das Mães na Escolinha Faz de Conta - Orlândia - 05

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A música "Mãe combina com Flor" é de minha autoria.

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LUIS PESCETTI


Aproveitando o mês de férias, gostaria de postar aqui no blog, uma série de pequenos textos a respeito de compositores e músicos que se dedicam à música para crianças. Gostaria de começar com um compositor argentino, Luis Pescetti, que tem muitas canções interessantes para crianças. A primeira vez que tive contato com seu trabalho foi através do CD “Murucututu”, do selo Palavra Cantada, com a gravação de “Me va a nacer um hermanito”. Depois tive o prazer de assistir a versão em português feita por Paulo Tatit e Sandra Peres.
Algumas de suas canções são bem interessantes e tratam de assuntos importantes para a vida das crianças. Podemos ouvir suas canções no seu site: http://www.luispescetti.com/

Luis Pescetti nasceu em 1958 na Argentina. Autor de vários livros infantis e juvenis, Pescetti é pedagogo, músico, ator e escritor. Trabalhou em rádio, TV e teatro em Cuba, Estados Unidos, Espanha, Argentina, Colômbia, Peru, Chile, e Brasil. Atualmente segue fazendo rádio na Argentina e no México. Suas histórias já receberam importantes prêmios literários e são publicadas em diversos países, inclusive no Brasil.
Seus textos tem uma linguagem lúdica, com histórias inusitadas. Algumas vezes carregam uma profunda carga poética e humana e também de muito humor. Uma de suas canções “El Hermanito” foi gravada pelo grupo Palavra Cantada.
Pescetti tem 5 CDs gravados: “El Vampiro Negro”, “Cassete Pirata”, “Bocasucia”, “Qué público de porquería” e “Antologia”. Dois DVDs: “No Quiero ir a Dormir” e “Especial de Luis em Canal 7”.

Luis Pescetti - Vampiro negro

Oficina com Thelma Chan (Napuê e Palhaçada)


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THELMA CHAN
Conheci o trabalho da Thelma Chan em 1989 quando fui trabalhar em uma escola de música em Sorocaba. Seu primeiro trabalho, e para mim o mais encantador, foi o álbum CORALITO. Já se passaram mais de vinte anos e as crianças adoram suas músicas. Neste mesmo ano tive o prazer de conhecê-la pessoalmente em uma reunião de regentes de coral infantil em São Paulo. Mais tarde viria a participar de um curso, no lançamento do Livro/CD Divertimentos de Corpo e Voz, em Ituverava, interior de São Paulo.
Suas melodias são alegres, as letras falam do universo infantil, brincam com rimas, percussão corporal, sugerem movimentos e danças, instigam a imaginação e a fantasia.

“Bagadalá, a varinha mágica
Plim, plim, plim, plim, você fica assim...”


Pronto, a turma toda se transforma em bichos, super-heróis, e a brincadeira continua.
Seu álbum “Dos Pés À Cabeça” é maravilhoso. Quando comprei meu primeiro exemplar, ainda trazia o livro e o LP. O livro está guardado, mas já não tenho mais o LP.

“Com cheiro bom... o meu nariz, fica feliz...”

O álbum Pirralhada vem com músicas para cantar no dia-a-dia das escolas. Você começa sua aula com:

“Bom dia, como vai você,
Meu amigo, como é bom te ver.
Palma, palma, mão na mão,
Agora um abraço, que é de coração”


Depois canta os dias da semana, os números, os contrastes (longe-perto, em cima-em baixo).
Thelma se preocupa em criar músicas para serem usadas nas festas das escolas, nos fornecendo um riquíssimo material de trabalho. Este ano no dia das mães, cantamos uma música do livro “Dia de Festa”.

“Mamãe, se eu pudesse te daria o sol...”

Foi o maior sucesso!
Visitem o site da Thelma:
http://www.thelmachan.com.br/home.htm

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BIA BEDRAN

Conheci Bia Bedran através de seus programas na TV Cultura, quando meus meninos eram pequenos e nos deliciávamos com a programação infantil deste canal. Me lembro de, muitas vezes, assistir sozinha seus programas “Canta Conto” e “Lá vem a história”, com caderno e lápis na mão anotando suas idéias e canções para usar nas minhas aulas de música.
Bia Bedran nasceu em Niterói, no ano de 1955. Estudou violão clássico, é formada em Musicoterapia e em Educação Artística pelo Conservatório Brasileiro de Música. Participou da fundação do grupo “Quintal Teatro Infantil” em 1973, fez parceria com Nick Zarvos, Ana Maria Machado, Fernando Lébeis e Sidney Matos. Em 1977 fundou o “Bloco da Palhoça”, com o qual desenvolveu uma grande pesquisa do folclore brasileiro. Mantem a sua banda com Paulão Menezes, Geraldo Brandão, Zeli, Guilherme Bedran, Sandro Rebel, Ézio Filho, Ricardo Pacheco, Dino Rangel e Júlio São Paio.
Desde 1988 faz shows pelo Brasil. Neste shows a mistura do canto e do conto encantam as crianças e os adultos. Bia Bedran trabalhou também na televisão, apresentando os programas “Canta Conto”, “Baleia Verde” e “Lá vem História”. Trabalhou com atriz em diversas peças teatrais e diretora de mais de 15 espetáculos musicais para crianças.
Bia Bedran tem oito CDs gravados e três livros publicados e é a compositora mais premiada por obras dedicadas ao público infantil. No site a seguir a gente encontra uma biografia detalhada da Bia, assim como todos os seus prêmios, shows, CDs e composições.

http://www.dicionariompb.com.br/bia-bedran/biografia

Este é o site da Bia Bedran.

http://www.biabedran.com.br/

Macaquinho - Bia Bedran

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Assista o vídeo da Bia Bedran. Estamos aproveitando a história e a música para a festa do dia dos pais.

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COLEÇÃO TABA






Olá,






Depois de muito tempo pretendo reativar meu blog. De férias e começando a fazer o planejamento do semestre, andei explorando uma coleção de livros de histórias infantis, publicadas a partir de 1982 pela Editora Abril Cultural: a coleção TABA.



Vocês precisam ver que material rico e interessante! São livros ilustrados com histórias escritas por autores brasileiros. Grande parte das histórias trazem personagens do Brasil como o Saci, a onça, os índios, o rio Amazonas, entre outros. Além das histórias, os livros trazem um disco com a gravação e as músicas. Prestem atenção nos autores: Joel Rufino dos Santos, Ana Maria Machado, Sylvia Orthof, Ruth Rocha, Ilo Krugli e outros.



As músicas são interpretadas por nomes como Chico Buarque, Nara Leão, Gilberto Gil, Tom Zé, Ney Matogrosso, João Gilberto, Gal Costa. Temos a canção "Lobo Bobo", "O Vira", "O Circo", "Passaredo", "O Trenzinho do Caipira", "A Banda", "O Circo".



No final das histórias encontramos também sugestões de brincadeiras de teatro para a criançada. Dá para aproveitar bastante nas aulas de musicalização!



Encontrei disponível neste site: http://www.enzo.flog.br/?p=175 a coleção inteirinha.



Compartilho com vocês.



Article 2

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Saci Pererê da Mata Escura é um dos livros da coleção TABA.


Sugestões de atividades para serem realizadas durante o mês de agosto, mês do folclore, com crianças, nas aulas de musicalização.


Em roda, com as crianças, ouvir a história e conversar sobre: Quais são as artes que o Saci faz?

Você tem medo de quê? Você conhece alguma cantiga de ninar?

No livro aparecem três músicas para cantar com as crianças: "O Vira", "Tutu Marambá" e "Sapo Cururu".

Na história existe um personagem interessante: é a sombra. Brincar de criar desenhos ou figuras através da sombra das mãos é muito divertido! Você pode escurecer a sala e, usando um facho de luz (lanterna ou abajur) sugerir que as crianças façam movimentos junto com uma música e observem suas sombras na parede ou no chão.

As cantigas de ninar podem ser relembradas. Podem ser usadas em momentos de relaxamento, depois de atividades mais agitadas. Embalar um boneco ou bichinho de pelúcia enquanto cantam as cantigas é muito gostoso e acalma a criançada.

Outra idéia que pude tirar do livro, a partir da leitura, é ensinar alguns ditos populares. "Quem ri por último, ri melhor!", "Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura", "De grão em grão a galinha enche o papo", "Casa de ferreiro, espeto de pau", "Deus ajuda quem cedo madruga", e outros. Falar os ditos acompanhando o ritmo das palavras com claves ou percussão corporal é uma atividade que trabalha o ritmo, a atenção e a memória.

Como é preciso usar uma peneira para pegar o Saci, por que não brincar de "Passa, passa, três vezes, o último que ficar, tem mulher e filhos, que não pode sustentar"? As duas crianças que fazem o túnel, podem segurar uma peneira na mão. O "Saci" que ficar preso tem que escolher entre: lobisomem ou cuca, saci ou mula-sem-cabeça, bicho-papão ou curupira.

Para terminar eu gosto de mostrar para as crianças a música "A noite no Castelo" de Hélio Ziskind. As crianças adoram! Que tal espalhar pelo chão instrumentos de percussão, ou objetos que produzam sons e pedir para as crianças criarem sons assustadores, misteriosos, sons de fantasmas, bruxas, sacis e assombrações.

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CONVERSA DE BICHO - KITTY DRIEMEYER


No início do ano conheci, através do blog "Atelier Musical", o CD Conversa de Bicho de Kitty Driemeyer. Fiquei muito interessada e consegui comprá-lo. Não conheço muita coisa sobre a autora. Kitty é formada em Música no Instituto de Artes da UFRGS e trabalha com educação musical. Este é seu primeiro CD, de produção independente e ganhou o prêmio Açoriano de 2004.

Nas 11 faixas do CD, com tema sobre animais, ela busca construir metáforas de andamento, ritmo, alturas e movimento do som.

A primeira faixa - Conversa de Bicho fala das vozes dos animais. Também podemos trabalhar o jeito de andar de cada bicho juntamente com a faixa "Cada Bicho Tem". "A Trote, a Galope, a Passo" trabalha andamento. Os sons longos e curtos são facilmente reconhecidos pelas crianças nas faixa "Curto e Longo" quando ela compara o zumbido do mosquito com o latido do cachorrinho. Em "Pipoca" ouvimos sons curtos.

As músicas são muito bonitas e interessantes. Tem ainda "O Grilinho" e "Ana".

Vale a pena conhecer!

DITOS POPULARES

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No mês do folclore, apresente alguns ditos populares para seus alunos, nas aulas de Música. Você pode trabalhar batendo o ritmo das palavras. Seguem alguns ditos:


ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA.


CADA MACACO NO SEU GALHO.



CÃO QUE LADRA NÃO MORDE.



DE GRÃO EM GRÃO, A GALINHA ENCHE O PAPO.



DE MOEDA EM MOEDA SE FAZ UMA FORTUNA.


QUEM RI POR ÚLTIMO RI MELHOR.



EM BOCA FECHADA NÃO ENTRA MOSCA.



CASA DE FERREIRO, ESPETO DE PAU.



EM TERRA DE CEGO, QUEM TEM UM OLHO É REI.



MAIS VALE UM PÁSSARO NA MÃO DO QUE CEM VOANDO.



QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO.



DEVAGAR SE VAI LONGE.


Cecília Cavalieri França

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CECÍLIA CAVALIERI FRANÇA

Conheci o trabalho da educadora Cecília Cavalieri França através do artigo "Sozinha eu não danço, não canto, não toco", publicado em Música na Educação Básica, vol. 1, n. 1. de outubro de 2009. 
No início deste ano, desenvolvi um projeto com as crianças da educação infantil, na escola em que trabalho, sobre o circo. Entre os diferentes artistas do circo, o preferido das crianças é o palhaço. A música "O Palhaço e a Bailarina" de Cecília Cavalieri França fez muito sucesso e abriu as portas para que desenvolvêssemos uma série de atividades de ritmo, andamento, expressão corporal e exploração de materiais sonoros, que foram muito significativas para os alunos.
A autora é professora de Escola de Música da UFMG, atuando na área de Educação Musical. Cursou Doutorado pela London University, sob orientação do professor Keith Swanwick.
Desenvolve projeto de pesquisa nas áreas de Neurociência e Psicologia Cognitiva da Música e também em estudos das práticas musicais e educação musical.
Vale a pena conhecer seu trabalho. Visite o site:
http://www.ceciliacavalierifranca.com.br/inicio/
Visite o blog:
http://www.ceciliacavalierifranca.blogspot.com.br/
É um material muito rico que merece ser explorado e estudado.

Se quiser ler o artigo citado, ele está disponível em:
http://www.abemeducacaomusical.org.br/Masters/revista_musica_na_escola/2_sozinha_eu_nao_danco.pdf

JOSETTE FERES

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                Conheci Josette Feres em 1994, quando estive em Jundiaí, em sua escola, participando de um curso de iniciação musical para professores. Admiro seu trabalho. Seus livros, apostilas e anotações do curso que realizei são fonte constante de pesquisa, me ajudando no trabalho de música junto às crianças da Educação Infantil.
      Josette é educadora musical, formada pelo Conservatório Nacional de Canto Orfeônico do Rio de Janeiro. Foi aluna de Villa-Lobos, formou-se em piano pelo Conservatório Musical Carlos Gomes de Campinas e estudou com grandes educadores como Koellreutter, Ernst Mahle e Violeta Gainza.
               Dedica-se a Educação Musical desde 1954. Professora da rede oficial de ensino do estado de São Paulo, aposentou-se em 1983. Em 1971 fundou a Escola de Música de Jundiaí, onde leciona até os dias de hoje. É membro da International Society of Music Education.
             É autora dos livros - "Bebê - Música e Movimento" e da série "Iniciação Musical - Brincando, Criando e Aprendendo".


            Para Josette a musicalização tem como objetivo tornar as pessoas sensíveis para perceberem os fenômenos musicais e capazes de se expressar por meio da música. 
 A autora considera que a melhor época para a musicalização é a fase pré-escolar. Segundo ela, o gosto e o prazer de cantar, de fazer música devem ser cultivados desde cedo, pois na adolescência, os meninos e meninas têm um senso crítico elevado e ouvido preparado para música de consumo, o que torna muito difícil o trabalho do educador.
O curso de musicalização infantil tem como objetivo preparar a criança para o estudo de um instrumento musical. Assim, a criança é estimulada a expressar-se através da música, cantando, tocando, movimentando-se e criando. Trabalha-se também a coordenação viso-motora, noções de lateralidade e psicomotricidade. Outro aspecto importante, segundo Josette, é a formação do ouvinte consciente e sensível aos fenômenos musicais.
 "Necessária não só as pessoas que pretendem seguir uma carreira musical, mas, à própria vivência do ser humano, a musicalização deve ser dirigida, não aos privilegiados das escolas de música, mas a todas as crianças." (Josette, em seu livro "Iniciação Musical")
Visite a página de Escola de Música de Jundiaí em:  http://www.emj.art.br/EMJ/EMJ.html




QUANDO OS AUTORES SÃO AS PRÓPRIAS CRIANÇAS

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         Nas aulas de música com as crianças do Grupo III, da Escolinha do Faz-de-Conta, nós sempre cantamos. Cantamos músicas folclóricas, músicas infantis, músicas que eles sugerem ou que estão relacionadas com algum projeto que estamos desenvolvendo. 
          No mês de agosto, mês do folclore, aprendemos a música " O Meu Chapéu":
 "  O meu chapéu tem três pontas
Tem três pontas o meu chapéu
Se não tivesse três pontas
Não seria o meu chapéu"
.
            Fizemos uma roda e a brincadeira era: quem quisesse ia ao centro  e improvisava uma letra diferente para a música. Alguns tinham um cachorrinho preto, outros uma roupa do Homem Aranha, outros, ainda, uma tiara cor de rosa. Por exemplo:

O meu cachorro é preto
Pretinho é meu cachorro
Se não fosse pretinho
Não seria o meu cachorro

                 Todos ficaram empolgados e participaram. até que um dos meninos cantou: "O meu vulcão explode...". Começou a discussão! Vulcão explode ou entra em erupção? 
                      Lembrei-me de uma animação do vídeo "Fantasia 2000" do Walt Disney, baseada no balé "O Pássaro de Fogo" de Igor Stravinsky e levei-o para assistirmos juntos. Todos ficaram encantados!
          O próximo passo foi criar uma música intitulada "O Vulcão". O Felipe começou a cantar e os outros foram ajudando, aumentando, e eu fui anotando as ideias, tocando no teclado as frases, até que a melodia adquiriu a forma que contentou a todos. 
          A partir da música composta pelos alunos, criamos atividades de expressão corporal e sonorização com instrumentos de percussão. Gravamos a música e fizemos um CD para que todos pudessem ouvi-la.  Segue a partitura:


                     Vale a pena ler o artigo da educadora Teca Alencar de Brito sobre o trabalho de criação musical com crianças. Confira!
http://www.atravez.org.br/ceem_1/sombra.htm

WALKYRIA PASSOS CLARO

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Trabalho como professora de música para crianças da Educação Infantil há mais de 20 anos. Minha primeira referência neste trabalho foi a professora Walkyria Passos Claro. Em 1986 participei de um curso ministrado por ela, no MASP e tive a oportunidade de estagiar em sua escola nos anos de 1987 e 1988. 
Tenho certeza que, desde o dia em que a conheci e conheci suas propostas de ensino de música para crianças e bebês, escolhi minha profissão e me tornei uma pessoa apaixonada pela Educação Musical. Guardei todas as anotações que fiz durante o curso e, na época, comprei boa parte dos livros que ela recomendou, autores como: Orff, Liddy Chiaffarelli Mignone, Carmem Mettig Rocha, Maria Aparecida Mahle, entre outros. Através da leitura e pesquisa me formei e passei a dar aulas.
Ano passado adquiri seu livro, recém publicado, "Música: A Alegria de Ensinar e Aprender". Nesta obra, Walkyria reuniu todas suas propostas e ideias sobre o ensino de música, de forma organizada, sugerindo exercícios e oferecendo instruções sobre como desenvolver as aulas com os grupos de crianças.



Walkyria Passos Claro é pianista e educadora. Foi pioneira no ensino de música para bebês no Brasil. Em 2011, aos 88 anos de idade, lançou seu livro "Música: a Alegria de Ensinar e Aprender", que é resultado de sua experiência metodológica de ensino de piano e musicalização infantil. Walkyria nasceu em 1923. Formada pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, foi assistente de Magdalena Tagliaferro e de Robert Pace. Lecionou música em vários colégios de São Paulo, foi professora de Iniciação Musical na Faculdade Santa Marcelina e, em 1971 fundou a escola Escala Atividade Musicais, onde atua até os dias de hoje.
 A Iniciação Musical é uma proposta de fazer com que a criança brinque com a música através do trabalho com o corpo e com os sentidos. Walkyria (2010) afirma:

"Este trabalho será através dos sentidos: visual, auditivo e cinestésico, sem decoração de conceitos, através da vivência dos fatos musicais e do modo como a criança gosta, brincando e usando o corpo. Tudo o que a criança faz com o corpo, ela aprende melhor e grava para o resto da vida." 


O site da escola da Walkyria é: http://www.escalatividades.com.br/index.html . Visitem!





  

TECA ALENCAR DE BRITO

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Teca Alencar de Brito é mestre e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Estudou Educação Artística e piano, dedicando-se à educação musical desde 1974. Dirige as atividades da TECA - Oficina de Música em São Paulo, escola voltada à formação musical de crianças, adolescentes e adultos. 
Produziu vários CDs que documentam seu trabalho como "Canto do povo daqui" e "Cantos de vários cantos", publicou livros como: "Koellreutter educador - o humano como objetivo da educação musical" e "Música na educação infantil - propostas para a formação integral da criança". Foi relatora do Documento de Música integrante do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, publicado pelo MEC, em 1998. 

Considero Teca uma das mais influentes educadoras musicais brasileiras dos dias de hoje. A autora busca, em primeiro lugar, compreender e respeitar a produção musical infantil, priorizando a exploração, os gestos, a criação e a improvisação. Segundo ela "um projeto de educação musical deve considerar a música como sistema dinâmico de interações e relações entre sons e silêncios no espaço-tempo, entendendo que o processo de musicalização caracteriza-se pela construção de vínculos com essa linguagem". Nas referências bibliográficas de suas publicações encontramos a citação de autores como Esther Beyer, John Cage, François Delalande, Hans-Joachim Koellreutter, Murray Schafer e Keith Swanwick.
 
 Atuando como educadora durante muitos anos, Teca considera-se uma pesquisadora. Através de seus livros e artigos podemos perceber que a autora busca, constantemente, analisar e refletir sobre o modo como as crianças aprendem e fazem música, e qual é o significado que este fazer musical tem em suas vidas.
Teca destaca que somos seres musicais, que a música é importante para nossa vida e por isso deve fazer parte do currículo das escolas. Nada mais simples!

"O fazer musical é um modo de resistência, de reinvenção (questões caras ao humano, mas ainda pouco valorizadas no espaço escolar) que, ao mesmo tempo, fortalece o estar juntos, o pertencimento a um grupo, a uma cultura. O viver (e conviver) na escola - espaço de trocas, de vivências e construção de saberes, de ampliação da consciência - deve, obviamente, abarcar todas as dimensões que nos constituem, incluindo a dimensão estética." 
(TECA, Ferramentas com Brinquedos - A Caixa de Música)

Através de brincadeiras, do jogo e da exploração de materiais sonoros, as crianças têm a oportunidade de aprender aspectos musicais ligados às propriedades do som, ao ritmo e a forma musical. Cada criança relaciona-se com o sonoro de sua maneira. Através da experimentação, a criança percebe, observa os diferentes materiais sonoros, quais são as possibilidades de produção de som resultantes desta exploração. Pesquisa os gestos, os movimentos, imita modelos e se encaminha para o aprendizado.

 Ao professor cabe conhecer seus alunos, entendendo como eles se relacionam com o som, o que pensam sobre música, evitando a padronização. Segundo Teca (em seu texto - Por uma educação musical do pensamento: educação musical menor):

"Propondo a adoção de um projeto curricular circular, móvel e flexível, H-J Koellreutter sugeria que os conceitos fossem trabalhados em contexto, atendendo às questões, dúvidas ou curiosidades dos alunos e alunas, durante a realização de atividades como jogos de improvisação, por exemplo. Desse modo, ele acreditava que seria possível criar planos de uma efetiva integração entre teoria e prática, entre fazer e refletir."

A educação musical deve priorizar a criação, a experimentação, a escuta criativa, crítica e transformadora, a diversidade da música de outros lugares e povos, as paisagens sonoras, o canto, a dança, o improviso e a produção de material sonoro.


Em seu livro "Música na Educação Infantil", Teca ressalta que o fazer musical ocorre "por meio de dois eixos - a criação e a reprodução - que garantem três possibilidades de ação: a interpretação, a improvisação e a composição".

 Segundo Teca (em seu texto - Cenas Musicais I - A Música do Sombra):

"Com as crianças, importa garantir a possibilidade de exercitarem sua relação com o mundo. Através dos sons podem expressar seu modo de perceber, sentir, pensar... Podem vivenciar questões significativas, importantes em sua vida, ... , já que a música é linguagem que torna sonora nossa própria Forma - quem somos, como percebemos, como sentimos.
Fazendo música somos mágicos, intuitivos, emocionais.
Somos racionais e intelectuais. Presentificamo-nos por inteiro, numa vivência simbólica profunda e integradora.
Com crianças, basta conhecê-las e respeitá-las: respeitar sua percepção, sua cultura e as características próprias de cada fase de seu desenvolvimento, sua realidade, seu contexto social." 


Todos os textos citados acima são facilmente encontrados nas edições da revista da ABEM e através do site: http://www.atravez.org.br







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